Morada do inventor
A professora pedia e a gente levava, achando loucura ou monte de lixo:
latas vazias de bebidas, caixas de fósforo, pedaços de papel de embrulho, fitas, brinquedos quebrados, xícaras sem asa, recortes e bichos, pessoas, luas e estrelas, revistas e jornais lidos, retalhos de tecido, rendas, linhas, penas de aves, cascas de ovo, pedaços de madeira, de ferro ou de plástico.
Um dia, a professora deu a partida e transformamos, colamos e colorimos.
E surgiram bonecos esquisitos, bichos de outros planetas, bruxas e coisas malucas que Deus não inventou.
Tudo o que nascia ganhava nome, pais, casa, amigos, parentes e país. E nasceram histórias de rir ou de arrepiar! ...
E a escola virou morada de inventor!
Poema de Elias José
1. O poema sugere que, pela imaginação, é possível:
a) transformar e dar significado a coisas aparentemente sem sentido.
b) combinar elementos e formar um mundo sem criatividade.
c) criar um mundo já existente no mundo real.
d) transformar lixo em coisas inúteis.
2. A enumeração de palavras, predominante no poema, tem uma finalidade. Qual?
a) Resumir tudo o que compõe o "monte de lixo" mencionado na segunda estrofe.
b) Comprovar que, de fato, aquilo tudo era maluquice.
c) Indicar a qualidade do material que os alunos tinham levado para a escola.
d) Relacionar as coisas reais e comuns que os alunos recolheram (segunda estrofe) e aquelas que eles criaram (quarta estrofe).
GABARITO
1. Alternativa A
2. Alternativa D