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Características do estilo de época Romantismo
I. Liberdade de criação
A questão da liberdade de criação tem que ser pensada em comparação com o que predominava no estilo clássico: os escritores clássicos obedecem a uma série de padrões preestabelecidos ao compor uma epopeia, por exemplo, ao passo que os românticos explicitam sua intenção de rejeitar qualquer modelo e pretendem expressar-se em uma atitude pessoal, individual, que se quer única: o que passa a valer é aquilo que é pessoal, intransferível, único. Para os românticos, expressar-se significa exprimir sua personalidade, independentemente de regras.
II. Sentimentalismo
O artista clássico analisa e expressa a realidade sobretudo por meio da razão, mas o romântico vale-se dos sentimentos por acreditar que só assim consegue traduzir tudo o que ocorre em seu interior. O sentimento de cada um então é que define a importância ou não das coisas. Assim, o escritor pretende atingir mais a emoção que a razão do leitor.
III. Supervalorização do amor
A consequência mais imediata do sentimentalismo é a supervalorização do amor. O amor torna-se assim o centro da vida, em flagrante oposição ao valor mais cultivado pela burguesia: o dinheiro. Trata-se do tema mais cultivado do Romantismo. Perder o amor significa perder o sentido da vida. Essa perda produz três consequências básicas: a loucura, a morte ou o suicídio.
IV. Idealização da mulher
A mulher - objeto do amor romântico - é divinizada, cultuada, pura, aparecendo às vezes envolta em mistério. A virgindade é pré-requisito, quase sempre, para que uma personagem se torne heroína romântica.
V. Mal do século
A expressão mal do século indica insatisfação, angústia, melancolia e até uma obsessiva atração pela morte, que passa a ser encarada como solução definitiva para os males da existência.
Desse "desajuste" decorrem:
a) pessimismo em relação à sociedade e a si mesmo;
b) prazer em sentir-se melancólico e sofredor;
c) busca do isolamento, da solidão.
Quando predomina o mal do século, entramos no terreno do Ultrarromantismo, ou seja, o Romantismo levado às últimas consequências.
Procurando saídas para esse desequilíbrio, as personagens de obras românticas, e muitas vezes os próprios autores, desenvolvem mecanismos de evasão da realidade.
VI. Evasão
A evasão no tempo conduz a imaginação do escritor e da personagem romântica ao passado histórico de seu país ou ao passado individual de cada um.
Na volta ao passado histórico, o romântico europeu vai redescobrir a Idade Média, que ele idealiza como uma época de estabilidade política e social.
É também nesse período da história que os românticos encontram as origens de cada nação, pois foi na Idade Média que os feudos começaram a se transformar em países. A cultura medieval passou a ser considerada a expressão das raízes de cada nação. Desse processo resulta o nacionalismo, uma das características da literatura romântica.
A religiosidade, sobretudo a proposta pelo cristianismo medieval, também se recupera nos textos românticos devido a essa volta ao passado.
Essa preocupação com o passado histórico marcou os textos românticos com as seguintes características:
a) recuperação, nos textos europeus, da cultura medieval;
b) exaltação do sentimento de nacionalidade (nacionalismo), com a idealização do povo, dos heróis nacionais, da paisagem geográfica;
c) religiosidade, de preferência aquela derivada do cristianismo.
No plano individual, o romântico volta-se para sua infância, que é valorizada como um período seguro, sem preocupações, repleto de pureza e inocência. Dessa forma de evasão, decorrem duas características dos textos românticos:
a) saudade e supervalorização da infância;
b) supervalorização do homem em estado selvagem.
A evasão no espaço conduz a imaginação romântica - tanto de autores quanto de personagens - a paisagens novas, estranhas e primitivas. Por isso o Oriente, região de paisagens e costumes exóticos, acabou tornando-se uma fonte de atração e inspiração para os românticos. A característica que se evidencia em muitos textos românticos é a exaltação do Oriente ou de paisagens exóticas, ainda não tocadas pelo ser humano.
A natureza, por sua vez, é concebida como um espaço ainda não corrompido; por isso, é sempre descrita como um espetáculo grandioso e um local de refúgio para o solitário.
Outro modo de evasão - no tempo e no espaço - é entregar-se ao sonho, ao devaneio. Mas há um modo mais radical e definitivo de escapismo: a morte, bastante valorizada pelos românticos.
VII. Escolha de heróis grandiosos
Insatisfeito no mundo em que vive, o romântico o desafia, numa atitude rebelde, que se volta contra a sociedade, contra o destino e contra Deus (contrariando a própria religiosidade). Assim, o destino das personagens que desempenham o papel de heróis nos textos românticos é um destino feito de revolta e solidão, já que eles se julgam diferentes dos outros homens e incompreendidos. Se comparados com os heróis clássicos, os românticos são, na verdade, anti-heróis. Essa concepção de heroísmo explica algumas características comuns em textos românticos:
a) exaltação de personagens históricas que foram incompreendidas em sua época. A obra que inaugura o Romantismo português, por exemplo, é um longo poema narrativo sobre a vida de Camões, poeta renascentista que enfrentou uma vida miserável;
b) escolha de piratas, proscritos e bandidos como heróis de narrativas, uma vez que esses tipos humanos eram marginalizados pela sociedade, e os românticos se identificavam com essa condição;
c) incorporação de lendas ou ocorrências verídicas da vida de poetas que haviam tido destino trágico ou infeliz.
VIII. Aceitação do mistério
O romântico admite a ocorrência de fatos misteriosos, inexplicáveis, fantásticos, sobrenaturais, e os incorpora em suas obras.
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